POR QUÊ NÃO DAMOS IMPORTÂNCIA PARA O “PISO SALARIAL”.

Vira e mexe alguém ressuscita o assunto da criação de um piso salarial para a Educação Física.

Você que é profissional de EF fica feliz, pois todo mundo gosta de aumento, mas sugiro que pense um pouco além do próprio corporativismo:

Não deixe seu futuro profissional nas mãos deles

Os senadores e deputados aceitarão propor qualquer coisa que possa render votos. Com votos eles conquistam salários de quase 40 mil reais mensais com direito de aumentar o próprio salário, “trabalho” de 3 dias por semana, auxílio moradia, auxílio paletó, auxílio combustível, uma penca de funcionários de gabinete em número maior do que a maior parte das micro e pequenas empresas no Brasil, e muitas outras coisas que vocês sabem bem. Sem ter de produzir nada, e principalmente SEM TER DE PAGAR os custos dos projetos. Quem irá pagar serão as empresas, principalmente, e em alguma escala as instituições públicas que contratam profissionais de EF.

Fazer boas ações com o dinheiro dos outros é muito fácil, e ainda melhor se os trouxas (nós) votam no sujeito por isso.

O efeito é o oposto

Se aprovado algo assim, especialmente em uma crise como a que vivemos, o efeito quase imediato será o de gerar demissões em quantidade bem razoável. Tanto no setor privado como no setor público. Lembrem-se que os governos municipais, estaduais, federal estão falidos e não teriam condições de arcar com esse aumento. É um tiro no pé.

A crise financeira atual gerada pelos sucessivos lockdowns provocou os 14 milhões de desempregados. E leis que aumentam a despesa pública (que já explodiu), oneram as academias/estudios (que já estão falidas), se aprovadas irão gerar mais demissões e mais desemprego.

O que interessa é o que VOCÊ faz com sua carreira.

O fato de ser uma profissão de nível superior, regulamentada, não muda nada. O que interessa é a qualidade do profissional.  SÓ A FACULDADE NÃO FORMA BONS PROFISSIONAIS!

E os profissionais de qualidade não ficam correndo atrás de piso. Esses olham para cima, para o céu. Imaginam se há limite para onde podem chegar com o próprio esforço. Deixam o piso lá embaixo e “voam”;

O que quer que tenha realmente aprendido e que hoje faça diferença na sua carreira, foi depois da faculdade e fora dela, seja em cursos específicos e/ou na própria prática profissional, errando e acertando, ouvindo, vendo, aprendendo com profissionais mais experientes, com os treinamentos nas empresas em que trabalhou, etc.

O Brasil está em uma sinuca de bico como talvez nunca tenha estado antes. Se cada um, cada “catiguria” continuar no venha a nós o vosso reino, nada vai melhorar. É preciso entender que o governo jamais será solução de nada. Em geral, é ele o problema. Retira uma parte enorme e cada vez maior de recursos da sociedade, de quem realmente produz (sim, de você e das empresas) e não dá nada em troca. O governo só dá a si mesmo.

Hora de decidir “o que vai ser quando crescer”

É hora de decidir quem você vai ser. O profissional que luta para ser cada dia melhor, oferecer serviços relevantes e de alta qualidade para os clientes e a sociedade, ou o profissional que se apoia nos “direitos conquistados”, mas sabe lá no fundo que não se diferencia dos demais e que sozinho não conseguirá conquistar a remuneração que deseja. Então alimenta esse ciclo vicioso de “eu apoio quem me engana por mais alguns trocados, porque não estou seguro de que consiga esses trocados sozinho…”

Se você é Personal Trainer e quer olhar para cima e começar a subir na carreira, dê uma olhada NESTE LINK e considere fazer parte da SBPT. Aqui você nunca será tratado como o “professor coitadinho”.

Marcos Tadeu